quarta-feira, 14 de julho de 2010

936 - AS COMPARAÇÕES DE GALVÃO.

Uma das modas nessa Copa era comparar o futebol ao xadrez. Bastava uma alteração, um meia cair mais para a esquerda, a marcação avançar, e pronto: era o futebol e suas estratégias, como se fosse um jogo de xadrez. Será que essa comparação tem fundamento? Vejamos. Só consigo fazer a analogia com os técnicos sendo os enxadristas, e os jogadores suas respectivas peças. Quem dera Dunga conseguisse que seus jogadores chegassem ao nível de peças de xadrez, que respeitam o que o comandante quer, sem flexibilidade, mas com total disciplina tática e técnica. As peças são movidas seguindo regras fixas, rígidas, coisa que não acontece com os futebolistas, às vezes guiados pelo prazer do acaso. Mas tudo bem, de tanto Galvão insistir consegue-se encontrar alguma semelhança entre xadrez e futebol. A maior delas, a meu ver, é a aparente simplicidade do jogo, que se revela extremamente complexo a medida que vai sendo jogado. O xadrez, com suas ramificações que chegam na casa dos trilhões, apresenta infinitas possibilidades como o futebol, que como dizem os antigos, "é uma caixinha de surpresas". Ainda, seria possível dizer também que Júlio César é a torre, guardando a meta, Lúcio e Juan os peões, fiéis escudeiros da zaga e Kaká o bispo, evangélico fervoroso. E Felipe Melo? Bem, esse eu deixo a cargo dos leitores, mas a resposta é a mais óbvia de todas.
Fonte: http://www.parana-online.com.br/colunistas/326/78365/

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